E phillips luz prás meias!

E finalmente um Benfica com momentos a roçar a perfeição.

Finalmente viu-se um Benfica a abordar bem o jogo, com os seus jogadores plenamente cientes do deveriam fazer em campo.

Foi fácil de perceber pelas movimentações encarnadas que este PSV foi bem estudado. Quem leu as diversas abordagens feitas nos media percebeu perfeitamente como funciona o clube de Eidhoven. E não houve surpresas, porque normalmente os holandeses não são a tal coisas.

E finalmente regressou o Benfica adulto, com uma abordagem exigente nas transições ofensivas, mas também capaz de repousar o jogo quando este começou a ficar perro, para que os seus jogadores lessem o jogo e fizessem outro tipo de abordagem ao jogo atacante.

E aqui a experiência de Aimar e Saviola foram fundamentais. O 1º gerindo o ritmo do jogo, baixando-o nessa ocasião e o 2º na forma como recuava no terreno para evitar superioridade numérica holandesa, e obrigando os centrais holandeses a desposicionarem-se.

Antes do intervalo a equipa acelerou novamente com as alas bem fortes devido ao superior jogo de Maxi e Coentrão. Os golos surgiram com naturalidade no momento certo. 2-0 ao intervalo foi luz sobre ouro.

E a equipa regressou do intervalo percebendo que a chave do jogo seria sempre a segurança como deveria abordar o mesmo. Convinha segurar 1º o resultado, depois amplia-lo se possível. Recuando um pouco as linhas, o Benfica convidou o PSV a tentar a sua sorte, na expectativa que em rápidos contra golpes acabarem de vez com a eliminatória. E tal qual relógio suíço tudo saiu na perfeição. O génio de Salvio fez a diferença e talvez o golpe de misericórdia nos quartos de final.

Mas a seguir viu-se um pouco porque o Benfica ainda não é uma equipa de elevada dimensão internacional. Às tantas a equipa começa a partir-se em duas: uma metade quer o 4-0 a outra julga ser suficiente o 3-0. E alguns disparates surgem com perdas de bola que permitem contra ataques holandeses em superioridade numérica. Os defesas fazem um esforço gigantesco para evita dissabores. Coentrão é gigante. JJ hesita, e amaldiçoa o facto de não ter 2 Aimares. Eu cá amaldiçoo a sua estúpida teimosia. Eis que Roberto, personagem querido por imensos jogadores de outras cores, intervém…ou melhor…faz asneira e oferece a esperança aos pobres holandeses.

Num instante os fantasmas de uma época regressam todos à Luz. Os adeptos reagem tentando escorraça-los da Luz. JJ reage também, percebendo que apesar de tudo antes 3-1 que nada. Mas alguns jogadores sentem que são capazes de mais. Coentrão e Maxi correm como loucos. Desde os anos 70 do século passado que não via algo assim. Por momentos julgo ver as reencarnações de Artur Correia e Adolfo Calista em cada ala.

E a justiça é reposta no dealbar do prélio, com mais uma investida letal de Maxi e resolução fantástica de um renascido Saviola.

Que mais dizer senão que, sem a presença daquele rapaz alto, com cara de quem tem os tomates apertados, o jogo teria ido sem duvida para o galarim dos jogos épicos do clube. E talvez não porque do outro lado estava um rapagão alto e louro, que foi “vazado” por 4 vezes mas que deixou a marca em campo dos guarda-redes que valem a pena…gastar muita massa.

De resto muito bem quase toda a equipa tirando Roberto e também Gaitan, ontem muito…estranho.

Muita atenção agora, para não termos dissabores, nem que não seja de ordem disciplinar. Meio caminho tá feito para as meias. Ontem Phillips… Luz e convém não deixa-la apagar.

 

Bola7 falou…