Arquivo de Novembro, 2009

30
Nov
09

Aviso à navegação!

Repito o teor de um post recente, e alerto para a existência de alguns sinais que causam preocupação. É um facto que num derby disputado fora de casa, empatar acaba sempre por ser um mal menor, sobretudo quando o Benfica desse modo tirou definitivamente um concorrente da corrida pelo título final e que se mantém à frente do seu principal adversário. Mas sejamos francos, o jogo de sábado podia e devia ter sido assumido de outra forma. O nosso adversário de sábado voltou a mostrar a sua mediocridade e o porquê de estar a fazer uma época paupérrima.

Compreendo que a meio da 2ª parte, o  Jorge Jesus se tenha preocupado mais em não perder do que em ganhar. Já dizia a velha raposa, Trapattoni, que quando não se pode ganhar, deve-se evitar perder. E compreendi porque o jogo estava perigoso – o Sporting nada fazia, mas sentia-se que o jogo partido como estava, podia perfeitamente resultar numa falha nossa que conduzisse a um golo sofrido. Mas o que me preocupou foi a incapacidade (ou falta de vontade, por estratégia) de segurar o jogo, e de manter a equipa coesa de início a fim. Fizemos uma boa 2ª parte, e claramente fomos a equipa mais perigosa, que mais vez se acercou da baliza contrária. A haver um vencedor seria o Benfica…mas…

Mas neste jogo vi os sinais para os quais alertei quando Jesus assinou, e não me sentiria bem comigo mesmo se não alertasse nesta altura em que eles são ainda pouco nítidos e terão ainda poucas consequências no nosso futebol. Uma falha de Jesus nos clubes por onde passou sempre foi a gestão do esforço do plantel. A meu ver, a falta de coesão do Benfica no derby, desconjuntando-se muitas vezes entre o ataque e a defesa, teve a ver com o momento físico e psicológico de alguns jogadores. Por bem preparados fisicamente que estejam, nem todos os jogadores conseguem aguentar 90 minutos 3 vezes por semana, quer pelo seu estilo de jogo particular, quer pela sua fisionomia.

Dou o exemplo que me parece mais evidente nesta altura – Di Maria. Tem feito uma época muito boa, por muito que os seus detractores digam o contrário. Tem sido um dos motores do exuberante Benfica que temos visto, jogando sempre de prego a fundo do início ao fim das partidas, e assumindo sempre os riscos no um para um, chamando a si quase sempre a responsabilidade de ser o principal desequilibrador da equipa. Tem sido um jogador que tem jogado os 90 minutos de todos os jogos, quer no Benfica quer na selecção argentina. E o resultado começa a estar à vista – tem-se mostrado cansado, sem o discernimento que vinha exibindo. Um dos aspectos que mais se tinha de elogiar no jogador, era a sua abnegação a ajudar na defesa, correndo como um louco para ajudar o lateral-esquerdo. Nesta fase da época, é ver o lateral-esquerdo sempre sozinho, com o Di Maria a chegar sempre muito depois, e a ser batido em velocidade mais vezes no processo defensivo. É um sintoma claro de cansaço acumulado, que rapidamente se pode transformar (se é que não se transformou já) em cansaço psicológico. Obviamente que as más exibições já começaram a aparecer, e vão continuar a aparecer se nada for feito.

Também Ramires passa pelo mesmo. Ontem fez uma exibição melhor do que as que tem protagonizado, mas o facto é que já antes da lesão contraída em Goodison Park, e há uma semana contra o Guimarães, realizou exibições menos fulgurantes, com especial incidência nos espaços que deixou livres em terrenos defensivos para o adversário explorar. Novo sinal de alerta…!

Não tanto no aspecto físico, mas no aspecto da sua forma, igual situação se passa com Aimar. Tem sido o único jogador do plantel com gestão do seu esforço, pelo que fisicamente acho que não se lhe pode apontar nada, como aliás é evidente pela sua boa disponibilidade física em campo, nunca se resguardando em acções defensivas, dando tudo o que tem. Mas está profundamente desinspirado, e tem sido mais uma atrapalhação para a equipa do que uma chave para abrir as defesas contrárias. Urge gerir o seu momento de forma, e quiçá resguardá-lo no banco para entrar em alguns jogos a partir do banco, uma situação habitualmente mais confortável para fazer a diferença. Porque, novamente, insistindo na sua má forma em todos os jogos, acabará por desmotivar em primeiro lugar o próprio jogador, que pode começar a sentir que não consegue dar à equipa aquilo que a equipa espera dele.

Ainda para mais, o Benfica tem um plantel que permite gerir bastante bem este aspecto. Não é recomendável que se façam poupanças simultâneas de vários elementos chave, mas um deles pelo menos pode ir rodando, que dessa forma o Benfica não se ressentirá muito, tenho a certeza. E há jogos e jogos, há jogos claramente mais indicados para o fazer. Jogadores como Urreta, Felipe Menezes, Coentrão ou Amorim, só para citar alguns, podem resolver o problema do esforço dos elementos mais influentes da equipa (os 4 do meio campo), que são também os que pelas especificidades do seu trabalho em campo são os que estão mais sujeitos ao desgaste físico e psicológico. Se não começar a ser feita uma gestão dos momentos de forma dos jogadores mais importantes, prevejo tempestades, que já se perfilam no horizonte.

Neste jogo com o Sporting, que podíamos e devíamos ter assumido de outra forma, não faltaram sinais. E se calhar face a esses sinais, apostar mais no empate do que na vitória terá sido a opção certa – e por aqui alerto que a existência destes sinais pode ter consequências desastrosas em momentos mais decisivos, por decapitar eventuais ambições e exigências a assumir por nós. Vejam as acções do Di Maria, um dos grandes responsáveis por o Benfica ter aparecido tão desconexo entre a defesa e o ataque, razão pela qual o jogo foi tão partido e tão dado a surpresas. Vejam como o Saviola fez muito mais vezes de 10 do que de 2º avançado, devido à total ausência do Aimar. Cardozo perdeu imenso com isso, sempre sozinho. E vejam já agora como a equipa ficou mais sólida quando Amorim entrou para o meio campo, provando que mais vale ter um elemento de perfeita saúde física e psicológica em campo, do que um eventual génio criativo como o Aimar em sub rendimento. É a prova de que a gestão do esforço dos jogadores se exige e é a única forma do Benfica enfrentar uma época inteira sem quebras na sua ambição.

Há outras notas a destacar. Não se pode defender os cantos com 11 jogadores dentro da área. Hão-de me explicar qual a diferença de defender com 10 ou com 11, sobretudo quando um dos 11 é o “gigante” Saviola. Aquele lance do Miguel Veloso em que o Quim fez a defesa da sua carreira, resulta desta estupidez que já tínhamos visto no ano passado com o Quique. Nem temos qualquer vantagem a defender com 11, como ainda por cima permitimos que o adversário fique liberto fora da área para experimentar fazer o que Veloso fez. E quanto mais gente pusermos dentro da área, mais gente o adversário vai mobilizar para dentro da nossa área. Defensivamente, parece-me um tremendo tiro no pé esta estratégia, e ontem não fosse um momento de grande inspiração do Quim, e tínhamos ido de vela. Isto tem de ser mudado, senão é estarmos a expor-nos demasiado.

A lesão do Sidnei vem provar a necessidade do Benfica manter nos seus quadros os quatro belíssimos centrais que tem, e descartar em definitivo o empréstimo do Miguel Vitor a um clube qualquer. Um central que se estreou em San Siro da forma como ele se estreou aos 17 anos, não precisa de rodar para evoluir. Aprende muito mais treinando com jogadores como Luisão, do que indo fazer parelha com um qualquer Edcarlos numa equipa qualquer da Premier League. E assim quando precisamos de alguém para substituir um lesionado, podemos por em campo um jogador muito bom como o Miguel, e não um estróina qualquer sem qualidade. Reparem que sábado o Benfica ficou sem Sidnei a 15/20 minutos do fim. Se tem entrado um jogador da estirpe do Edcarlos… era tempo mais que suficiente para haver borrada. Assim entrou o Miguel Vitor, que limpou com toda a facilidade os lances em que foi chamado a intervir. É a diferença, percebam isto meus amigos!

Resumindo e concluindo, sem prejuízo do bom trabalho que tem sido feito, há alguns sinais no ar que provam que mesmo com um bom treinador e com bons jogadores, a coisa pode correr mal. Portanto está na altura, mais do que nunca, de começar a trabalhar no sentido de evitar que os sinais virem sintomas, e que pequenas oscilações de rendimento se transformem em preocupantes eclipses exibicionais. Cuidado com isso…”

Traimaniac falou…

27
Nov
09

Soltas e ligeiras!

Fim-de-semana à porta e a prova que nem todos os meios justificam os fins. Adiantou muito o fcp ter conseguido evitar o jogo em Oliveira de Azeméis. Derrota natural ás mãos de um, irritante Chelsea “quanto baste”.

Curioso como muita gente esfrega as mãos de alegria pela aparente queda Benfica, porque este caiu na taça ás mãos dos vitorianos. Alguém já se perguntou à quanto tempo o fcp não ganha um jogo?

José António Silva retomou ontem as funções de treinador da equipa de andebol do Benfica, após um longo e polémico processo que apenas acabou, diz-se, com a intervenção do ministro do Ensino Superior, Mariano Gago. Valente chapadão levou o presidente do Conselho Directivo, Olímpio Bento, portista confesso, que negou ontem que tivesse mudado a sua opinião devido à intervenção do ministro. Pois, a gente sabe. Curiosamente o 1º jogo de José António Silva será contra o fcp para Olímpio assistir.

Voltando à 4ª feira Uefeira muito me ri com o comentador TV do jogo no dragun. Qualquer falta de um jogador do fcp raramente foi percebida. Nem mesmo depois da repetição mostrar uma pisadela o camarada disse algo. Num caso até houve silêncio absoluto perante o benevolente comentário de Freitas Lobo “houve contacto”. E eu que zurzia nos comentadores espanhóis, pelos seus comentário pouco abonatórios à isenção do papel de comentador. Fanatismo, mau profissionalismo ou medo?

Jogo que foi a prova que o fcp está muito longe da qualidade dos melhores da Europa. Se tiver azar no sorteio vai ser de rir. Valha a verdade que essa realidade se estende por inteiro a todos os clubes nacionais.

Hoje apetece-me dizer algumas verdades sobre o fcp, pois a mentira tem perna curta. No tempo que surgiram as telenovelas em Portugal, na segunda metade dos anos 70, uma delas, o Casarão, tinha uma personagem interessante, o velho Atílio. Este tentava transformar literalmente, a merda em ouro. Até ao final nunca conseguiu. Muitos dizem que pinto da costa é o verdadeiro Atílio, e que o seu fcp consegue mesmo transformar merda em ouro. Segundo críticos abalizados, qualquer jogador que chegue ao fcp transforma-se em vedeta. Uma das maiores falácias que já ouvi. Mas que fazer? Eles vendem um jogador e fazem milhões, e a dúzia que vegeta no clube e em empréstimos ninguém se lembra. O último caso é um tal de Sebastián Prediger, que custa, para já, 41 mil euros por cada minuto em campo, pois foi utilizado apenas num jogo da Taça de Portugal, tendo o seu passe custado 3,7 milhões de euros. Parece que vai ser emprestado ao Espanhol. Mais um Bolatti. Claro que ninguém fala disso, pois não convém. Se fosse no Benfica daria azo a programa na TV.

Por falar em Benfica, jogo grande sábado. Complicado enfrentar o scp após chicotada psicológica. Bom jogo para me fazer tirar algumas dúvidas da capacidade de JJ em abordar certos jogos. Jogo que vale bem mais que os habituais 3 pontos. Com uma situação ainda confortável na classificação, o Benfica bem mais que os 3 pontos a ganhar a um eterno rival, tem a oportunidade de mandar uma mensagem forte aos adversários. Ao contrário do que muitos afirmam qualquer que seja o resultado, o mais importante será em termos psicológicos. Uma vitória dará moral para enfrentar qualquer um e desmoralizará e muito os nossos adversários, principalmente o fcp, que os outros são apenas personagens secundários do filme da liga.

Por falar em personagens, que belo escolheram para arbitrar o derby. Se há árbitros que me irritam este é um deles com o seu cabelinho empastado de gel. Cuidado com os mergulhos meus amigos, que o mar é suspeito.

Bola7 falou…

25
Nov
09

Cortesia diabólica de um cronista!

Fim da manhã de Sábado, 07 de Novembro de 2009, estando eu na porta de um café da minha localidade eis que pára à minha frente o carro do conhecido barbeiro benfiquista.    Conhecendo-me de longa data e sabendo o benfiquista ferrenho que sou, abre o vidro e diz:   -Tens de passar na barbearia, pois quero-te mostrar uma coisa que lá tenho. Não podendo nesse momento, fiz questão de passar na parte da tarde, onde fiquei a saber que o que me queria mostrar era um convite para estar presente na inauguração da casa 230 do Benfica em Albergaria-a-Velha.
Não dei resposta na hora, mas logo me veio ao pensamento o meu filho de 11 anos, também ferrenho Benfiquista, que ao levá-lo lhe iria dar uma alegria única na sua vida.
Chegado a casa comentei com minha esposa e o miúdo presente ficou eufórico por saber que iria estar ao lado do Presidente do Benfica.
Confirmei ao barbeiro a minha presença e a do meu filho, onde logo ali comentamos a euforia que o miúdo iria sentir com a sua presença.
A partir desse dia, as suas palavras, por onde passava, eram: “-Vou estar com Deus”
Na escola fez questão de dizer a todos professores que iria a um almoço onde estaria Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica
Nos treinos de futebol, onde joga na escolinha da terra que tem protocolo com Benfica, fez questão de se envaidecer com sua ida ao almoço onde estaria o presidente.
Após duas semanas a ouvi-lo incansavelmente que ia a esse almoço, eis que chega a sexta-feira e vem-me ele contar as ultimas dele com professores da disciplina A, B e C onde dizia:

  • Professor amanha é o grande dia de estar com Deus

Recebia umas piadas de alguns, mas com a sua simpatia natural ironizava e era felicitado.
Sábado de manha, 21 de Novembro de 2009, mesmo a cerca de 40 km de casa acorda cerca das 9 horas e logo começa o reboliço a pedir para ir para casa para se vestir.
Assim fizemos, onde em casa fez questão de levar a t-shirt do Benfica encostada ao corpo, umas camisolas, devido ao frio por cima, e no exterior o seu casaco preto com riscas vermelhas e emblema do Benfica que vaidosamente vestiu.
11Horas da Manha só ouvia: Pai vamos que está na hora!
Calma que temos tempo, respondia-lhe eu para o acalmar.
Mas lá fomos onde nos 15 minutos de caminho a sua alegria e felicidade era contagiante na forma como conversava.
Chegados aos paços do concelho, ainda faltava cerca de 20 minutos para meio-dia, hora marcada para chegada do presidente.
Começa a chover, mas nem a chuva entristecia os benfiquistas que ali aguardavam muito menos o alegre miúdo.
Eis que chega o presidente…o miúdo fica eufórico, mas como chovia muito, o presidente entrou apressadamente para o edifício da câmara.
Entramos onde, na plateia, assistimos ao seu discurso. No fim, como muita confusão de gente lá saímos e fomos caminhando na direcção da casa do Benfica que fica a cerca de 500 metros do edifício.
Replica o miúdo: Pai espera que o presidente deve vir aí.
E assim era…lá vinha o presidente debaixo de um guarda-chuva de um organizador onde ao chegar perto do miúdo este lhe disse: olá Sr. presidente
Acho que o ídolo do miúdo nem para ele olhou, mas este apesar disso fez questão de ir ao seu lado até à casa.
Só o vi depois de inaugurada onde me aparece todo feliz.
Daí dirigimo-nos de novo para carro e dirigimo-nos para pavilhão onde iria ser o almoço.
Enorme pavilhão com mais de 700 pessoas, onde debaixo de chuva lá chegamos
Passados minutos lá chega a comitiva com o Sr. presidente. O miúdo andava felicíssimo.
Almoçamos onde no fim o presidente levantou-se onde o miúdo e o amigo barbeiro foram-lhe pedir para tirar uma foto com ele.
A resposta foi brusca: Agora não posso, pois estou à rasca de mijar!!!
O barbeiro lamentou-se, pois tinha de ir trabalhar e então lá pousou o presidente onde o miúdo fotografou,
Após esta foto coloca-se ao lado do presidente para ser fotografado onde este lhe diz: Aquele ainda é pior que tu a tirar fotografias.

Bem…o momento passou e apesar da estupefacção do miúdo pelas palavras do presidente não deixou de continuar a admira-lo

Em seguida pede-me para comprar um cachecol pois disseram-lhe que o presidente ia autografar a quem quisesse.
Após compra foi tomar café, onde chega o miúdo eufórico e até me faz virar o café, pois o presidente estava a chegar à nossa mesa.
Disse-lhe que tivesse cuidado e fosse para lá para ter o autógrafo.
Ao pedir-lhe mais uma vez a resposta foi: ó pá vai mas é para tua mesa!
O miúdo respondeu que estava na mesa dele onde lá recebeu o autógrafo.

Recomendação a dar:
Sr. Presidente, se quer ser presidente dessa grandiosa instituição aprenda a comportar-se em frente às novas gerações que o admiram.
No mínimo faça transparecer que sabe e aprecia o quão admirado é pela juventude.
Ser Benfiquista não é ser imperialista, é ser-se do povo, por isso faça dos seus discursos realidades.

Diabinho in love falou…

24
Nov
09

Foto do dia – O Abraço de judas!

No coment…

23
Nov
09

Regresso ao passado!

Vitória justa da melhor equipa, ontem em campo, por muito que custe a muitos.

Se o Benfica fosse jogar como o Vitória ontem, a Nou Camp nenhum de nós seria parco eme elogios. Por isso…

Sei que no universo “bloguista” de carácter desportivo, cada um defende o seu ”senhor” como se uma guarda pretoriana se tratasse. Não alinho nisso, e correndo o risco de ser criticado, por ter também “maus momentos”, digo o que a minha consciência e os meus conhecimentos me permitem. Se em Braga, para a liga ainda houve a desculpa da arbitragem, que nos permitia entrar no reino dos “ses”, ontem essa desculpa não colhe. Pese a incompetência do trio de arbitragem, com erros de julgamento em pequenas coisas, mas que somadas irritavam solenemente qualquer santo, e que maioritariamente prejudicaram o Benfica, ninguém com juízo pode acusar a arbitragem do resultado.

O Vitória de Guimarães ganhou ao Benfica com uma bela exibição do ponto de vista táctico, sem exagerar no anti-jogo, pese a teatralidade costumeira de Nilson. Marcando à zona, com o meio campo reforçado, bloqueando completamente o meio-campo encarnado, o treinador vitoriano saiu-se vencedor em toda a linha sobre JJ, dando luzes para os futuros adversários do Benfica.

Com as alas bloqueadas, mais uma vez a questão da fraca qualidade…na minha opinião, pois claro, pois os experts não pesam assim…dos nossos laterais, que não têm capacidade para a dupla missão defender e atacar, fundamental no sistema implementado por JJ o Benfica caiu na tentação de procurar as zonas centrais e aí caíu na armadilha de Paulo Sérgio. Inúmeros passes foram interceptados nessa zona pelo meio campo vitoriano, com Pablo Aimar completamente à nora, sem saber o que fazer, se recuar e buscar a bola e ficar muito longe dos avançados, se tentar aparecer logo atrás deles para o apoio final nas tabelas. Com um Di Maria completamente desinspirado, talvez porque já sabe que afinal o seu futuro será pertença do Benfica até Junho, ou porque também tem direito a solidarizar-se com os outros neste regresso ao passado, JJ inovou novamente.

Fruto da minha experiência de 40 a anos a ver a bola fiquei sempre com certas ideias preconcebidas, que tenho dificuldade em esquecer, confesso. E uma delas é que quando um técnico luso “inventa”, sai quase sempre…trampa. Pergunto: que fizeram tanto tempo Di Maria à direita e Ramires à esquerda? E num jogo em que Ramires até conseguiu alguns raids perigosos no lado direito? Ele que responda se é que sabe.

Ridícula a forma como a defesa encarnada sofreu o golo. Já é a 2ª vez em que um central adversário marca sem oposição. Percebo a forma como a equipa defende, mas convém explicar aos jogadores que há quem salte muros por muito altos que eles sejam, e principalmente quando eles são tão…paradinhos.

O ataque foi quase todo feito aos repelões e mesmo nas bolas paradas nada saiu bem, assistindo-se até a lances bem ridículos que prefiro nem comentar.

Este jogo serve de lição para todos. Pelo que sei a SAD há muito sabe isso. A qualidade do plantel é muito duvidosa. Não há qualidade em número suficiente para estar em todas as provas. Lamento mas é a realidade. Já tinha percebido isso e não foi preciso que o Benfica fosse eliminado da taça para o perceber. A defesa sem Luisão não é a mesma. Digo sem pejo: Sidney e David Luís, pese a excelência, não são capazes de se constituírem como uma boa dupla, longe disso. Já nem falo do estafado problemas das alas. No meio campo basta um ou outro elemento não estar em dia sim, e a equipa cai a pique. No ataque então, ai Jesus. Nunca muitos, eu inclusive, pensariam que a atacar o Benfica é Cardozo e mais 10. Sem ele Saviola anula-se. Sem ele Di Maria perde as referências para o último passe, perdendo-se na sua, ainda, patética ingenuidade.

Keirrison não faz a mínima ideia onde está a jogar, suspirando pelo confortável futebol brasileiro. Weldon fez 2 piques à moda de extremo direito anos 70, mas quando teve a bola na cabeça 3 vezes resolveu fazer o trabalho de zagueiro. Não seria nunca Nuno Gomes em jogos com estas características a safar a coisa. Como Mantorras parece “morto” nada a fazer.

Até Janeiro, há que saber viver com o que temos. Não duvido que em Janeiro plantel vai ser remodelado, e porventura a um nível que não está nas previsões da maioria. Além das saídas de gente que não faz a menor falta, a entrada de um guarda-redes, um defesa esquerdo e de um avançado, e podem guardar aí, será uma realidade nessa altura.

Diz JJ que a jogar como o fizemos na 2ª parte que ganhamos em Alvalade. E eu digo-lhe sem pejo que a jogar como fizemos em qualquer altura do jogo, que nos arriscamos a perde-lo.

O futuro está já aí. Esta semana os nossos adversários têm direito ao sonho. Sábado será dia de cair todo o mundo na real. Resta saber quem aterra melhor.

 

Bola7 falou…

20
Nov
09

60 x Parabens Tamagnini Nené!

Palmarés:
1 Campeonato Nacional de Juniores – 1967/68 (S.L.Benfica)
10 Campeonatos Nacionais – 1968/69, 1970/71, 1971/72, 1972/73, 1974/75, 1975/76, 1976/77, 1980/81, 1982/83, 1983/84 (S.L.Benfica)
6 Taças de Portugal – 1969/70, 1971/72, 1979/80, 1980/81, 1982/83, 1984/85 e 1985/86 (S.L.Benfica)
2 Supertaças Cândido de Oliveira – 1980 e 1985 (S.L.Benfica)
1 Troféu Ramón de Carranza – 1971 (S.L.Benfica)
Vice-Campeão Taça UEFA – 1982/83 (S.L.Benfica)
2 Bolas de Prata – 1980/81 e 1983/84 (S.L.Benfica)
Jogador Júnior do Ano – 1966 (Ferroviário da Manga)

1985/86 – S.L.Benfica – 16 Jogos / 7 Golos
1984/85 – S.L.Benfica – 16 Jogos / 8 Golos
1983/84 – S.L.Benfica – 26 Jogos / 21 Golos
1982/83 – S.L.Benfica – 28 Jogos / 22 Golos
1981/82 – S.L.Benfica – 30 Jogos / 24 Golos
1980/81 – S.L.Benfica – 29 Jogos / 20 Golos
1979/80 – S.L.Benfica – 30 Jogos / 30 Golos
1978/79 – S.L.Benfica – 30 Jogos / 25 Golos
1977/78 – S.L.Benfica – 27 Jogos / 12 Golos
1976/77 – S.L.Benfica – 30 Jogos / 22 Golos
1975/76 – S.L.Benfica – 29 Jogos / 29 Golos
1974/75 – S.L.Benfica – 26 Jogos / 11 Golos
1973/74 – S.L.Benfica – 26 Jogos / 8 Golos
1972/73 – S.L.Benfica – 28 Jogos / 12 Golos
1971/72 – S.L.Benfica – 26 Jogos / 7 Golos
1970/71 – S.L.Benfica – 21 Jogos / 6 Golos
1969/70 – S.L.Benfica – 1 Jogo / 0 Golos
1968/69 – S.L.Benfica – 4 Jogos / 0 Golos

in vedeta e marreta

Sem mais comentários

Bola7 falou…


20
Nov
09

Uma crónica lusa em Liverpool!(II)


Cenas do episódio anterior…


Esta é a história das desventuras de 9 Portugueses à conquista de Liverpool.
Fosse isto contado pelo falecido Raul Solnado e começaria quase de certeza como a estoria da minha ida à  Guerra.
Eram 8 da manha quando tocou o meu telemóvel, ao que eu amavelmente respondi:
-O que é que queres crl! São 8 da manha!?
Ao que o excitado Heróis respondeu: -Vou agora para ai!!!
Ao que eu de novo amavelmente lhe respondi: – E eu já cá estou!
Chegado finalmente ao restaurante La Casita, depois de 4 cigarros e um café bebido à pressa eis que recebo outro telefonema do Heróis.
– Epa’…Enganei-me na estacão…
…”Artolas do crl!” Pensei para com os meus botões, respondendo-lhe.
– não há problema, apanha um bus que eu já estou no café.
A pouco e pouco, foram chegando os mancebos. E começou o pequeno almoco. Eu a corriqueira bica, o Herói galão e pastel de nata, um ou outro o english Breakfeast e outro um brandy…Foi ai que me decidi e mamei a primeira jola. O Heróis e o meu amigo Nando tentavam dar-me uns palmadões nas costas…Lá tive que beber outra jola.
Andava-mos nos nisto quando afiambrei a primeira palmada no Heróis. Conclusão fui para a minha terceira jola…
(continua)

 

II episódio

 

…Depois de uma hora de espera e de perder a conta as jolas, lá chegou o amigo Demba. Começou então o baile da cadeira, quem vai aqui, quem vai ali…Eu para não complicar, sentei-me logo no banco da frente da carrinha nova do meu amigo Nando. Tinga no marreco! Quem vier atrás que feche a porta.

Com o Demba a fazer de Tontom lá saímos de Londres e entramos na auto-estrada. No outro carro vinham os outros ginjas a fazer 80 kms hora sem saberem que o condutor tinha a carta há 3 meses e nunca tinha conduzido em auto-estrada. hehehehehehehehehe
Lá fizemos a primeira paragem para o xixi da ordem ,cafezinho e o cigarrinho…Íamos para isto quando o maluco do Nando me saltou para as cavalitas e espetamo-nos os dois no chão. Disse-me ele que eram ordens do fragateiro e Herozes.
Lá foi o Herozes comer um bolo e beber um cafezinho. Estava ele nisto quando lhe arreei uma palmada nas costas. Depois não percebi se o café estava a sair pelo nariz ou a entrar…
Chegada a hora da nova partida, o Herozes desapareceu na loja da estacão de serviço. Quando demos com ele estava ele na converseta com um gajo do Everton…

Morcego Vermelho falou…

19
Nov
09

vivre la…batota!

“Claro, por exemplo no ano passado com meios tecnológicos, o Barça se calhar não tinha sido campeão Europeu, e em 2006 o mesmo Barça tinha sido eliminado pelo Benfica, já vistes o que era um equipão daqueles ficar fora da Champions, eliminado por uma equipa de tostões como a do Benfica? …aliás eu acho que em 2004 quando a final da Champions foi o Porto vs Mónaco, a UEFA deve ter cortado os pulsos, aquela final deve ter sido a que menos foi vista, e a que menos rendeu aos seus cofres…”

 

Palavras que tocam no âmago da questão…a batota conveniente para a UEFA e FIFA.

Muita gente, em especial os Irlandeses, mas não só, deve ter chorado baba e ranho com o golo falso como judas, marcado por Gallas após recepção à la andebol, pelo Henry e posterior assistência para o golo.

 

Muitos dizem-me que o Benfica ganhou assim as meias-finais contra o Marselha. Que Maradona vingou as Malvinas com intervenção “divina” no mundial de 86.

Pois, também me recordo que o FCP teve um golo sancionado pelo árbitro, que foi marcado pelo…apanha bolas.

Mas recordo que os tempos eram outros. As transmissões televisivas, quando as havia, eram de menor qualidade, sem os meios tecnológicos que hoje existem em profusão.

 

Robbie Keane, capitão da selecção irlandesa, disse com a coragem e loucura saudável que caracteriza um irlanês na força da vida: “Provavelmente estão todos a bater palmas. De certeza que Platini e o Blatter trocaram mensagens por telemóvel e estão felizes com o resultado da França…Merecíamos ganhar o jogo. Eles só conseguiram o apuramento com aquela mão na bola. Nas reacções dos jogadores via-se que foi claramente mão. O Henry pegou na bola e praticamente pô-la na baliza. Foi tão óbvio”

 

Ele disse tudo. A quem interessa este estado de coisas? Simples: UEFA, FIFA e todos os poderosos. Digo sem receio. A não introdução de meios audiovisuais é imposta porque os poderosos têm receio de perder.

 

O futebol é especial. Dizia Gary Lineker que é 11 para cada lado e no final ganham os alemães. Eu digo que é 11 para cada lado e a circunstância do momento. Existem inúmeras variantes num jogo de futebol, que podem com a conjugação de algumas ditar resultados estranhíssimos para os observadores. É um jogo especial, porque especial é a forma como é jogado: com os pés. Não há nenhum igual. Depois é um jogo com regras simples, mas de dinâmica bem complicada. 11 Cabeças a jogarem com os pés com funções muito diferentes, e assentes muitas vezes em princípios intuitivos.

 

Não tenho pejo nenhum em dizer que mesmo o Benfica no passado não teria ganho tantas vezes se fossem sempre devidamente esmiuçados os seus jogos. E falasse de  de certo clube…ui… Mas no panorama mundial ninguém é inocente. Raramente um “grande” perde com um “pequeno” por erro de arbitragem…a menos que esse erro beneficie terceiros.

 

No fundo é tudo uma panelinha que interessa a um certo grupo de oportunistas que tudo fazem para manter o status quo. Alguém já se esqueceu da forma como o triste árbitro francês, pois claro, Marc Batta ao expulsar de forma infame o Rui costa nos expulsou do mundial de 98? Pois acredito que em caso de dúvida, desta vez Portugal teria vantagem em relação à Bósnia, ou não existissem meio milhão de motivos na África do Sul para tal.

Blatter e Platini são faces da mesma moeda. Platini então ainda é pior, porque se dá ares de doutor de causas perdidas, quando no fundo não passa de um hipócrita. O International Board é que manda. Esse bando de velhos caducos está ao serviço de quem paga mais. Se quisessem modificar com esse “Conselho de Segurança” há muito a FIFA já teria feito.

 

Depois queixem-se que os jogadores são uns mercenários. Pudera. Se eles sabem que muitos parasitas vivem à custa do seu suor, é natural que queiram tirar o seu quinhão o quanto antes. A podridão alastra no futebol e ninguém põe mão. Pudera, há dinheiro para todos. Menos para uns: os adeptos. Estes comem e calam. Espero que os irlandeses dêem o exemplo não se calando. Eu cá sinto-me irlandês.

 

Bola7 falou…

19
Nov
09

África minha!

O regresso a África.

Seria para mim inconcebível um mundial no sul de África sem Portugal. Foi nessa zona do planeta que vivi os momentos mais felizes da minha vida. E Queiroz, como africano sabe bem da importância, histórica, emocional mesmo, que será a presença da selecção de todos…quase todos…na África do Sul.

Corre já a noticia que Moçambique anseia pelo estágio da selecção em suas belas terras. Acredito que haverá mesmo “guerra” com Angola para que tal aconteça.

Vai ser uma loucura, gravem o que escrevo.

Se uma presença num mundial é importância máxima para uma selecção e para os seus jogadores, cuja valorização será evidente, coisa que nem todos percebem, Queiroz e seus jogadores deram a sensação que, quase tudo fizeram para não o conseguir. Mesmo ontem, ficaram a dever a si próprios um jogo fácil de resolver, com inúmeras situações cuja melhor decisão redundariam numa goleada…à Benfica. E mesmo ontem, perante uma selecção de segunda apanha, facto bem compreendido pelo seu treinador, que percebendo isso melhor que ninguém, tentou o golpe psicológico, tentando convencer tudo e todos que a vitória seria bósnia. Quem anda no mundo da bola percebeu a artificialidade de tudo num instante.

Os bósnios fizeram tudo o que puderam para maximizar as suas capacidades e minimizar as suas inúmeras insuficiências. Tiros para o ar, ambiente intimador, campo pequeno e sem condições. Erros crassos. Criaram as condições para finalmente a equipa portuguesa ser por uma vez, uma equipa. Foi evidente ao cantar o hino nacional, que os nossos jogadores não iam levar desaforo para casa. Por falar nisto, mais uma vez se mostra a pequenez do nosso povo. Montes de criticas pelo facto de alguns, em especial os que têm sotaque açucarado, não saberem cantar o hino. O raio dos bósnios devem ser todos “açucarados”, pois nem um vi a cantar o hino. Aliás, se reparamos na maioria das selecções nacionais, poucos cantam, mas isso ninguém liga. A menos que sejam todos como os espanhóis, cujo hino não tem letra.

O campo fez-me lembrar os campos do Salgueiros, Penafiel, ou Tirsense. Pequeno e estreito. Erro crasso, Blazevic. Pensava este que com estas características, o jogo seria todo jogado pelo ar, com futebol directo, e como os portugueses são pequeninos, a vantagem seria deles. Que erro. Os centrais apanhavam as bolas de frente. Pepe não precisava de correr tanto como na luz, pois o seu campo de acção estava mais reduzido, tendo de estar atento onde a bola ia passar, e ter o tempo de reacção para atacar a bola antes dos adversários. Depois como é a coragem em pessoa, metia-se no meio dos bósnios sofrendo faltas aos magotes. Aos 30 minutos tinha a certeza que só o habitual pé frio de Queiroz poderia tirar-nos a presença no mundial.

Por falar nisso, já repararam que no momento que Liedson marcou na Dinamarca, todo o azar foi exorcizado na selecção de Queiroz? A partir daí nunca mais tivemos um momento de azar puro? Pelo contrário, que o digam os postes da luz.

Muito bem a defesa de Portugal, comandada por um bom Eduardo, com os centrais, mais Pepe em grande, e finalmente os laterais jogaram bem, em especial um regresso fantástico de Paulo Ferreira aos velhos tempos.

No meio campo e ataque, a parte pior. Triste a exibição de Simão. De jogo para jogo irrita cada vez mais o seu ar enjoado. Nem com braçadeira de capitão melhora. Ao seu lado um curioso Meireles. Para mim o pior em campo até conseguir finalmente o golo. Depois o comentador da TVI quase tinha um orgasmo com o seu jogo. Melhorou bastante mas francamente. É assim que muitos jogadores garantem uma carreira muito acima do seu potencial. Os outros? Tiago alternava uns bons lances com falhas irritantes, mais o seu ar de quem não está para se chatear muito. Percebo porque os italianos “gostam” muito dele. Nani ou é um génio ou é parvo. Inclino-me pela segunda hipótese. Não ganhe juízo não. Quanto a Liedson, arrisca-se a ser o melhor avançado…defesa…do mundo. Impressionante a forma como marca os defesas adversários, nunca lhes dando tréguas. Só que depois na hora de fazer o seu verdadeiro trabalho, não tem o discernimento necessário para tal. Os suplentes? Veloso pouco jogou. Deco mostrou que está no ocaso da carreira e Edinho é para…provocar.

Por falar nisso. Devo dar os parabéns a Queiroz. Conseguiu a qualificação e o resto é letra. Aos repelões tal qual o futebol luso é certo, mas conseguiu. Com convocações de bradar aos céus, e muitas vezes de ocasião, chamando jogadores apenas para ganhar simpatia dos adeptos, jogando-os fora tipo pastilha elástica após o uso. Mas muitas vezes os meios justificam os fins, pois é.

Agora vão começar os jogos de bastidores para ver quem vão ao Mundial. Certas manifestações publicas de regozijo de certas criaturas não auguram nada de bom.

Eu cá vou pedindo a Scolari que deixe ficar por cá a Nossa Senhora do Caravaggio, pois cheira-me que vamos precisar muito dela lá para o início do verão.

Viva Portugal!

18
Nov
09

Portugal…pum…pum…pum…!




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