Archive for the 'Velhos e Bons tempos' Category

17
Jun
10

O dia em que morreu o futebol arte!

5 de Julho de 1982, estádio do Sarriá

Olho incrédulo para o televisor. Os italianos festejam e os brasileiros olham acabrunhados uns para os outros. A melhor equipa de selecções que eu alguma vez vi tinha sido eliminada do mundial 82.

À noite deito-me e como de costume coloco o radiozinho a pilhas debaixo do travesseiro e ouço os comentários sobre o mundial. Unanimidade geral: a eliminação do Brasil gerou a incredulidade mundial. Ninguém consegue perceber como foi possível. Os brasileiros choram. Acredito que os únicos satisfeitos com a vitória italiana são mesmo os italianos. Eu adormeço a pensar que no fundo tudo não passou de um mau sonho, e que algo vindo do além vai recolocar o Brasil no mundial. Debalde, nesse dia o futebol arte morreu. E desde esse dia nunca mais fui “brasileiro”. Até hoje me sinto traído. Nunca mais perdoei tal traição.

Tempos diferentes. Ver um jogo de futebol na TV acontecia muito esporadicamente. Em vésperas do mundial a RTP transmitiu num domingo ao final da tarde, em pleno Maracanã um excitante Brasil – RFA. Foi o contacto com duas excelentes equipas, que admirava à distância, pelos relatos que me chegavam via trissemanário A Bola, então considerada a Bíblia do desporto em Portugal, ou então no pequeno resumo dos campeonatos estrangeiros, no Domingo Desportivo.

Fantástico ambiente, duas grandes equipas, um grande golo de Baptista, que depois até foi jogador do Belenenses, imagine-se, e o surgimento de uma grande promessa do futebol alemão, Lothar Mathaeus. Nesse dia escolhi as equipas que apoiaria no mundial.

Portugal tinha ficado pelo caminho, como de costume, apesar das esperanças iniciais via vitórias fantásticas frente aos colossos Áustria e Escócia, e quando digo colossos, falo a sério mesmo, vitórias made in Alberto, o melhor defesa esquerdo que alguma vez vi em Portugal, a queda na Luz contra os mesmos austríacos dos magníficos Prohaska, Krankl, Pezzey e clda foi perfeitamente natural, como diria Artur Jorge.

Na TV via os cartoons do Naranjito, seguindo a linha traçada nos Jogos Olímpicos de Moscovo, com o urso Misha, aguardando com ansiedade a prestação brasileira.

No dia em que o escrete entrou em acção tive uma crise de gripe de caixão à cova. Fiz tudo para evitar ir ao médico. Mas quando a febre atingiu os 40 graus, meus pais encaminharam-me para o hospital. Tal qual um doente com dores de dente, que devido ao medo do dentista, a dor como que miraculosamente desaparece, em pouco tempo a minha febre baixou, regressando a casa a tempo de ver o jogo. Danada da minha mãe que me indicou a cama como destino. E de lá ouvia o relato que entrava vinda da TV da sala, a única e a preto e branco, diga-se. Mas não aguentei, e como quem não quer a coisa consegui assistir à segunda parte do jogo e maravilhar-me com aquele futebol, elaborado, rápido sem os jogadores correrem muito, cheio de fantasia, habilidade, toque de bola e golos sensacionais. Já na altura havia mais adeptos nos treinos do escrete que nas bancadas da liga Sagres, com excepção do Benfica, claro.

E foi assim até ao tal jogo do Sarriá de má memória. Por acaso já morreu o raio do estádio. Prós infernos, o raio do relvado que permitiu semelhante barbaridade.

Sabia lá quem eram os italianos. Lembro-me do Zoff a comer um golaço do Nelinho em 1978. 40 anos?? Que loucos os italianos. Scirea, Collovati, Cabrini Tardelli…ahahah…mas isso são nomes de jogadores de futebol? Olha o Rossi, o malandro das apostas. Graziani parecia o meu avô. Que podiam eles contra o Dr. Sócrates…este tem mesmo o canudo… J… genial Falcão, Eder patada atómica, Zico, Cerezzo, Serg…bem, nunca existiu perfeição.

Zezé Moreira, o “Toni” de Telé Santana, avisou que a Itália era perigosa e logo foi apelidado de gagá, nãos endo metido num hospício por milagre. Venha o próximo, venha o próximo, e viva o samba.

Os italianos com um jogo de marcações perfeitas, com jogadores que afinal iam muito além dos nomes engraçados jogaram um excelente futebol, obrigando os brasileiros a ficaram prisioneiros da sua petulância. Estes não ligavam um passe. Não conseguiam levar a bola a brincar para a adversária italiana como faziam com a naturalidade com que o actual presidente do scp diz disparates. Quando falcão fez o 2-2 parecia que era o título mundial. Efémero. No fundo eles percebiam que o dia não era seu. Rossi repôs a vantagem e nunca mais os italianos a perderam. Zoff vinga-se da humilhação de 78 com a uma soberba defesa. Velhos são os trapos.

Ah, malditos italianos. Sempre os mesmos. Não jogam nada, dizem, e ganham. E a Alemanha? Essa foi apenas comparsa no festim transalpino. Mas queria lá saber. O futebol arte tinha morrido no dia 5. De quando em vez alguém parece querer ressuscita-lo mas um Mourinho qualquer acaba com as veleidades num instante.

Que raiva. Ainda hoje sinto o desespero dessa derrota. Derrota para o futebol mundial. Quem tem duvidas, sente-se e assista a cores os “belos” jogos deste mundial.

Malditos…brasileiros….

Notlim falou…

30
Mar
10

Obrigado Rui

Obrigado Rui por esta equipa de sonho e por isto tudo

este vão ver de principio ao fim e alguns mais do que uma vez

Bem são 3.15 é melhor ir deitar…

Este post é dedicado aos Benfiquistas de Santo António das Areias em especial

E a todos os Benfiquistas em geral

Tabaka fumou!!

18
Mar
10

Até sempre, Julinho!

Faleceu na madrugada desta quinta-feira Júlio Correia da Silva, conhecido para o futebol como Julinho. Histórico avançado que alinhou 11 temporadas com a camisola do “Glorioso”, era natural de Ramalde e continua a ser o 7.º melhor goleador de todos os tempos do Benfica: marcou por 272 vezes em 269 jogos oficiais.

Foi também um dos heróis da conquista da Taça Latina de 1949/50, tendo sido o autor do golo decisivo frente ao Bordéus.

Nome Completo: Júlio Correia da Silva
Alcunha: Julinho
Nacionalidade: Portuguesa
Local de Nascimento: Ramalde / Porto
Data de Nascimento: 1 de Dezembro de 1919
Posição: Avançado

Curiosidades:
– Contratado em 1942, rendeu aos cofres do Académico do Porto 25 contos de réis e recebeu de “luvas” 10 contos de réis. Uma pequena fortuna para a época e que o F.C.Porto se predispôs a dobrar mas Julinho já havia dado a sua palavra aos encarnados e honrou-a. Estava desta forma consumada a aquisição de um dos 5 jogadores que haveriam de vir a ser apelidados de Os 5 Diabos Vermelhos. A saber: Mário Rui, Arsénio, Espírito Santo, Rogério Pipi e Julinho.
– Esteve presente numa das maiores goleadas infligidas ao F.C. Porto: No dia 7 de Fevereiro de 1943, no Campo Grande, sob arbitragem de Vasco Ataíde (Coimbra), o S.L.Benfica de Janos Biri brindou os portistas com um extraordinário 12-2. Julinho fez um poker.
– Embora não tivesse marcado, esteve no 7-2 (sim, também já demos 7 ao Sporting de Peyroteo, Albano & Cia! – Os tais d’Os 5 Violinos) com que o S.L.Benfica presenteou os leões, no dia 28 de Abril de 1946. Os marcadores foram: Arsénio (46′, 72′ e 78′), Mário Rui (52′, 75′ e 81′) e Rogério Pipi (58′). Albano (67′) e Peyroteo (85′) marcaram os golos leoninos. (Foto abaixo)
– A 27 de Abril de 1947 apontou seis golos na vitória por 13-1 imposta pelo S.L.Benfica à Sanjoanense, naquela que é uma das maiores goleadas de sempre no Campeonato Nacional.
– Foi ele que marcou o golo de ouro que valeu a conquista da Taça Latina 1949/50. No dia 18 de Junho de 1950 no Estádio Nacional, após dois prolongamentos, Julinho selou a vitória benfiquista com um golo aos 146′.
– A 28 de Maio de 1952 esteve pesente em mais uma goleada. Desta vez a vítima foi o F.C.Porto que na inauguração do Estádio das Antas recebeu como prenda dos benfiquistas um esclarecedor 8-2.
– Despediu-se da massa associativa encarnada a 10 de Junho de 1953, no Campo Grande, frente ao Belenenses, equipa que curiosamente o havia apadrinhado a 5 de Outubro de 1942.
Julinho (ainda) é, a par com Nené, o 5º melhor marcador de sempre em finais da Taça de Portugal, com 4 golos.

Palmarés:
3 Campeonatos Nacionais – 1942/43, 1944/45 e 1949/50 (S.L.Benfica)
6 Taças de Portugal – 42-43  43-44  48-49  50-51  51-52  52-53(S.L.Benfica)
1 Taça Latina – 1949/50 (S.L.Benfica)
1 Taça General Craveiro Lopes – 1952 (S.L.Benfica)
2X Melhor Marcador Campeonato Nacional – 1942/43 e 1949/50 (S.L.Benfica)

In vedeta e Marreta

09
Set
09

Idolos – Humberto Coelho

Nome: Humberto Manuel de Jesus Coelho
Data de nascimento: 20-5-1950
Naturalidade: Porto
Posição: defesa central
Clubes principais: Benfica e Paris Saint-Germain
Títulos: 8 (Campeonato Nacional), 5 (Taça de Portugal) e 1 (Supertaça).
Épocas no Benfica: 14 (68/75 e 77/84), Jogos: 496, Golos: 76
Outros Clubes: Ramaldense, Paris Saint-Germain e Las Vegas Quicksilver. Internacionalizações: 64.
Jogos pela Selecção Nacional: 64/6 golos

Quem joga ao lado de Humberto Coelho? Esta bem poderá ter sido uma das questões mais vezes colocadas pelos adeptos do Benfica nas tertúlias da bola. Titular absoluto deste os 18 anos de idade, no eixo da defensiva, ao longo de tantas épocas, contracenou, sucessivamente, com Raul, Zeca, Humberto Fernandes, Coluna, Messias, Rui Rodrigues, Barros, António Bastos Lopes, Eurico, Laranjeira, Alhinho, Alberto Bastos Lopes e Frederico. E outros mais na Selecção Nacional. Humberto constituiu-se uma espécie de imperador. Com direitos adquiridos, pois de forma tão preexcelente cumpria os seus deveres. Humberto era a chave da fortaleza quase sempre inexpugnável. Tipo guarda-mor do templo vermelho. O chefe da tribo. O que gritava revolta ou à serenidade apelava.

Nasceu em Cedofeita, no Porto, provavelmente com genes de líder. O pai era operário metalúrgico, daquela classe que tem como divisa “nada nem ninguém nos vergará”. Um lema que terá inculcado, desde a tenra idade, no filho Humberto, apesar da apetência deste por outras artes.

Só que o jovem tripeiro viveu uma infância pouco pacifica com a causa da bola. Era numa espécie de clandestinidade que exercitava o seu dom favorito. Os pais, o irmão mais velho até, amiúde o repreendiam, que futebol não era futuro, antes os livros, não fosse Humberto passar privações que a família bem conhecia. Da Escola de São João passou à Industrial, com aproveitamento satisfatório, mas sempre de ideia fixa no jogo da bola. Rapagão, José Águas era a sua referência primacial. Sonhava imitá-lo e aos golos de cabeça, numa altura em que o seu porte atlético não era nada desdenhável. Pela Mocidade Portuguesa, ainda praticou, na escola, basquetebol e voleibol, mas o apetite era outro. Tão voraz que, vencendo barreiras, daquelas quase intransponíveis, acabou por se fixar no Arsenal do Bessa, derivando de avançado para defesa-central.

Exibiu Humberto credenciais e, com apenas 13 anos, já o Leixões suspirava por aquele miúdo alto, mais alto que os demais, irrepreensível no jogo aéreo. Debalde, pois a voz firme da mãe com sério olhar à mistura, puseram-no em sentido, na prossecução do campeonato dos livros.

Algum tempo depois, já com endereço numa artéria da freguesia de Ramalde, finalmente o pai deu anuência e lá entrou a ficha de inscrição como juvenil do Ramaldense. Descoberto pelo FC Porto, nas Antas treinou, deixou a melhor das impressões, mas os dirigentes portistas acharam uma exorbitância a verba pedida pela transferência.

Agradeceu o Benfica, naquele ano mágico de 1966. Por apenas 40 contos, mais 25 para Humberto, com o compromisso de honra, selado à maneira, de melhorar a oferta no caso dele se impor no grémio da Luz. Mais parecia premonição. Coube a Ângelo Martins, treinador dos juniores, durante duas temporadas, a polidura executar. Com tanto sucesso que Humberto Coelho, pupilo modelo, pegou de estaca, embrionário estava o grande jogador, para um Benfica órfão de Félix ou Germano, que o mesmo é escrever de um central fora-de-série.

Na pré-época de 68, Otto Glória não hesitou e o facto mais relevante da digressão ao Brasil foi a entrada do capitão dos juniores na convocatória. Lá chegaram mais 30 contos a Ramalde, que no Benfica as escrituras eram para cumprir, cabendo cinco notas de mil mensalmente ao assalariado e ex-sonhador de utopias. Humberto Manuel de Jesus Coelho, de seu nome completo.

No primeiro jogo em Belém de Pará não actuou, mas no segundo marcou presença. E que presença! Frente ao Santos, com Pelé e tudo. Incumbido de marcar o génio foi. Aos 18 anos, logo haveria de caber a mais invejada das empreitadas. Saiu-se a contento, ainda que a vencer por 3-1, o Benfica viesse a consentir a igualdade. O medo estava exorcizado. Irreversivelmente…

Não mais perdeu Humberto a titularidade. Na abertura da temporada 68/69, era vê-lo a ganhar no palmómetro da Luz, num triunfo incontestável, de 4-1, frente ao Belenenses. Seguiram-se mais jogos, muitos jogos, adiada estava apenas a veia goleadora do defesa mais concretizador de toda a história do futebol luso. Foi com Hagan ao leme, no começo dos anos 70, que Humberto começou a comunicar no idioma do golo. O britânico era mesmo fleumático, não desmerecia a origem, avesso se mostrava ás substituições, por mais que a exigente plateia da Luz, de quando em vez, lhe propinasse umas ruidosas assobiadelas. E quando corria para o torto, a ordem era Humberto jogar na área, pelo lado direito das coisas, pelo golo, algumas vezes decisivo.

Haverá algum benfiquista dos 40 para cima, que não recorde o dramático jogo da Luz, em Novembro, dia de Verão de São Martinho, frente ao FC Porto, corria a época de 72/73, quando para espanto geral, a 15 minutos do fim da contenda, 0-2 era o resultado? Num quarto de hora apenas, explodiu o vulcão. Primeiro Vítor Baptista. Depois, Jaime Graça. No último minuto, Humberto, em postura de ponta-de-lança, haveria de sentenciar, obtendo o 3-2, num assomo inusitado de garra. De resto, em 16 temporadas, duas das quais ao serviço do Paris S. Germain, marcou 68 golos, o que lhe confere o 25º lugar entre os defesas mais concretizadores da história do futebol mundial.

Ganhador compulsivo, Humberto foi cimentando prestigio por todo lado onde o futebol falava mais alto. Sem surpresa foi convocado para a Selecção da Europa, em 19 de Agosto de 1981, na comemoração do 80º aniversário da Federação Checoslovaca de Futebol. Orientado pelo germânico Jupp Derwall, actuou ao lado de executantes do jaez de Blokhin, Krankl, Kaltz ou Pezzey. Um ano mais tarde, a consagração foi gigantesca. No Giants Stadium de Nova Iorque, perante 120 mil espectadores, Humberto actuou no meio de uma constelação de estrelas, em gala a favor das crianças da UNICEF. Para que conste, a Europa alinhou assim: Zoff (Itália); Krol (Holanda); Humberto Coelho (Portugal), Pezzey (Áustria) e Stojkovic (Jugoslávia); Beckenbauer (Alemanha), Antognoni (Itália) e Tardelli (Itália); Boniek (Polónia), Rossi (Itália) e Blokhin (União Soviética). Estávamos nos rescaldo do Mundial de Espanha e o antagonista foi o resto do Mundo, com N’Komo, Romeno, Júnior, Zico, Sócrates e Hugo Sanchez, entre outros. À chamada não faltaram também Schumacher (Alemanha), Keegan (Inglaterra), Neeskens (Holanda) e Platini (França). A Europa venceu por 3-2. Obrigado foi Humberto, taça nas mãos, a dar uma volta de honra ao estádio, colocando em clímax largas centenas, talvez milhares, de emigrantes portugueses.

A ele faltou, todavia, um título europeu. Esteve perto, bem perto, naquela final da Taça UEFA, com o Anderlecht, no final do ano de 83. Com menos resignação ainda se aceita o facto de jamais ter participado na fase final de um Europeu ou Mundial. Ele que fez parte de uma geração de futebolistas, como Eusébio, Simões, Jaime Graça, Nené, Vítor Baptista, Artur Jorge, Jordão, Vítor Martins, Toni, Alves, Rui Rodrigues, Artur, Carlos Manuel, Shéu, Bento, Pietra, Veloso, Álvaro, Diamantino ou Chalana, para nos socorrermos apenas, porventura com algum sectarismo, dos arquivos benfiquistas.

A ânsia de Humberto, já trintão, selar a ouro uma carreira magnifica, talvez tenha precipitado o adeus definitivo. Havia-se lesionado num treino da Selecção, antes de uma partida com a Finlândia, em Setembro de 83. Desesperado, tentou a recuperação, sempre com o Europeu de França na linha do horizonte, forçou em demasia, porque o tempo lhe parecia fugir. E fugiu mesmo.

À ribalta regressou, anos mais tarde, como seleccionador nacional. Então sim, pisou o palco que a vida de jogador, de forma impiedosa, lhe havia negado. A melhor das compensações não se fez esperar. Porque Deus é bom, dirão os crentes. Garbosamente, comemorou o terceiro lugar no Euro 2000. Justiça se fez.

Fonte FPF

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